avesso
do azul
um passeio pelas nuvens
ignorando os sinais de
que
a aura já poderia
ter se dissolvido há
muito
e depois não soube mais
onde procurar
em cada azul moribundo
de
cada fim de dia
o mundo do avesso
o coração a tudo
obtuso
a vida torna-se clara a
ponto de
tornar-se transparente,
o coração vivo
pulsando na mão,
condenado
sente estar há alguns
últimos minutos do abraço
da sombra
mas se resigna como
uma fruta no chão
***
Jéssica Costa, 24, é graduada em Letras.
Escreve o tempo todo e é professora nas horas vagas. Desde 2015, ajuda a tocar
o Antissarau – conversa contínua sobre a poesia do aqui e agora. Prepara seu
primeiro livro, Bubuia, que talvez
venha ao mundo até o fim de 2016. Publica no blog jardinssuspensoss.wordpress. com
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